choque de gestão

Monday, March 12, 2007

Diversão fácil e barata

Não deixarei que o tédio do mundo político _que só anda ganhando manchetes às custas das declarações sexuais do Lollo_ contamine minha própria existência. E é por isso que tenho tirado diversão de eventos simples, banais mesmo, que não envolvem nenhum tipo de expectativa além da diversão e da boa conversa.

Como uma cerveja barata e gelada no Esquina Grill, o bar que mais fui neste 2007, mas que ainda não é o bar "where everybody knows my name". Até porque nem quero que isso aconteça. Minha nova fase inclui ser desapegada de tudo, até dos garçons. França, Aílton e afins ficaram em 2006. Por favor, nem me diga seu nome.

Sentar numa cadeira de plástico, não se incomodar com o barulho da esquina, com a moto pipoquenta, com o sumiço temporário do garçom... Basicamente, só são necessários um lugar para sentar, companhias agradáveis e uma pessoa para te servir. E tem ainda o prazer de voltar a pé para casa na hora em que quiser.

Tanto é que meu fim de semana começou no Esquina Grill, passou por uma formatura com muita família e terminou no Frango com Tudo, parte do império da Lilian Gonçalves na Santa Cecília. E foi um dos finais de semana mais produtivos em termos de histórias e risadas.

A formatura, por exemplo. Eu nunca tinha me divertido numa formatura, nem na minha. Mas tive momentos de pura felicidade no sábado. Por quê? Porque o champanhe era ótimo e abundante, porque agora eu adoro meus familiares, porque o Jorge Ben Jor tocou músicas antigas e não só "W/Brasil", porque eu estava bonita sem estar parecida com um bolo infantil, porque meu primo tem amigos interessantes e que constroem pontes e edifícios, porque mesmo bêbada sou capaz de concluir que o Poder Judiciário é pior do que o Legislativo e por aí vai.

Um dia depois, mesmo tendo trabalhado, sentei-me com duas das companhias que mais amo ter por perto e rimos muito das nossas noites de sábado _a minha totalmente inusitada e com final feliz, a deles, um fracasso retumbante, num lugar em que era possível pegar tétano ou uma micose de pele, segundo relatos.

O que mais é preciso para diversão além de cerveja e amigos?

Uma noite com boa música, o que tento fazer uma vez por semana; uma interessante e nem sempre correta conversa sobre os rumos políticos do país, o que faço sempre, ao vivo ou por email; sexo, que tem sido acessível; boas séries de TV, livros e outras fontes convencionais de bons momentos.

Amores? Não têm feito parte da minha fase desapegada e sincera _afinal, o amor é a antítese da diversão.

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